Director Artístico Filipe Pinto-Ribeiro

Um dos grandes músicos portugueses da actualidade e um dos que mais reconhecimento internacional conquistou enquanto solista e músico de câmara, Filipe Pinto-Ribeiro é reconhecido pela sua sensibilidade poética, inteligência musical e criatividade artística.
Nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, foi discípulo de Lyudmila Roshchina no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, onde se doutorou com as mais elevadas classificações em 2000.
Desenvolve uma intensa actividade solística e camerística, abrangendo um vasto repertório que se estende do Barroco até aos nossos dias. Fez a estreia em Portugal de obras como os 24 Prelúdios e Fugas Opus 87 de Schostakovich, o Concerto para Piano e Orquestra Opus 33 de Dvořák, a versão para piano das Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz de Haydn, o Concerto para piano e orquestra “Introitus” de Sofia Gubaidulina, interpretação muito elogiada pela própria compositora, e, recentemente, as estreias mundiais de “As Quatro Últimas Estações de Lisboa”, de Eurico Carrapatoso, e da nova versão para piano, da autoria de Marcelo Nisinman, de “Quatro Estações de Buenos Aires” de Astor Piazzolla, e “Aleppo”, de Luís Tinoco, obras que lhe foram dedicadas pelos próprios compositores.
É frequentemente convidado como solista pelas principais orquestras portuguesas e de vários países, como Rússia, Espanha, Cuba, Eslováquia, Arménia ou Bélgica, tendo colaborado com os maestros John Nelson, Emilio Pomàrico, Charles Olivieri-Munroe, Boguslaw Dawidow, Rengim Gökmen, Daniel Smith, Marc Tardue, Misha Rachlevsky, Christoph Poppen Dmitri Liss e Mikhail Agrest, entre outros.
Apaixonado pela música de câmara, tem-se apresentado em parceria com alguns dos maiores nomes do panorama internacional como Gary Hoffman, Pascal Moraguès, Mihaela Martin, Janne Saksala, Corey Cerovsek, José van Dam, Tedi Papavrami, Renaud Capuçon, Adrian Brendel, Benjamin Schmid, Gérard Caussé, Michel Portal, Emily Beynon, Jack Liebeck, Christian Poltéra, Liza Ferschtman, Kyril Zlotnikov, Eldar Nebolsin, Ramón Ortega, Lars Anders Tomter, Anna Samuil e Frans Helmerson.
Filipe Pinto-Ribeiro é fundador (2006) e director artístico do DSCH – Schostakovich Ensemble, um agrupamento de geometria variável considerado um dos ensembles de topo do actual panorama internacional e onde Filipe se tem reunido, ao longo dos últimos quase 20 anos, a muitos dos mais significativos músicos do nosso tempo para concertos um pouco por todo o mundo.
A discografia do DSCH inclui a 1ª gravação mundial da Integral da Música de Câmara para Piano e Cordas de Schostakovich e os Trios Opus 11 e 38 de Beethoven (Paraty/Harmonia Mundi), álbuns que receberam algumas das mais importantes distinções da imprensa especializada: 5 Diapasons, Opus D’Or, Álbum do ano Classique News, Melhor do ano Jornal Público, máximas classificações da revista alemã Das Orchester, revista holandesa Luister, da revista belga Crescendo, da revista francesa Classica e da Kulturradio Radio Berlin-Brandenburg, críticas de grande destaque nas revistas Gramophone e Scherzo, no jornal The Guardian, entre outros.
Gravou diversos CDs que obtiveram excelente receptividade por parte do público e da crítica musical. No seu CD de estreia, interpreta obras de Mussorgsky, Scriabin, Schostakovich, Debussy e Ravel. Gravou um CD em duo com a sua mulher, a pianista Rosa Maria Barrantes, incluindo obras de Fauré, Satie, Debussy, Poulenc e Ravel. De destacar ainda o CD “Bach Piano Transcriptions” e o CD “Berlin Sessions”, gravado pelo pianista na capital alemã, que contém sonatas de Scarlatti, Seixas, Beethoven, Wagner e Prokofiev.
A sua última gravação a solo, o duplo CD “Piano Seasons” recebeu mais elevadas classificações da crítica internacional (BBC Music Magazine, Klassik Heute, Classique News, BR-Klassik, entre outros). Foi gravado em França para a Paraty/Harmonia Mundi e inclui um tríptico de obras relacionadas com as estações do ano, incluindo: “As Estações opus 37-bis” de Tchaikovsky; a estreia discográfica de “Quatro Estações de Buenos Aires”, de Astor Piazzolla/Marcelo Nisiman; e “Quatro Últimas Estações de Lisboa”, de Eurico Carrapatoso, que tem a sua primeira gravação neste duplo CD.
É frequentemente solicitado como director artístico para várias iniciativas, destacando-se o Festival e Academia “Verão Clássico”, que fundou em 2015 e se realiza anualmente em Lisboa, no fim de Julho/início de Agosto, constituindo-se hoje inquestionavelmente como um dos mais importantes Festivais e Academias de Verão do mundo. É também Director Artístico do Festival de Música dos Capuchos, em Almada, e do Ciclo de Concertos Music4l-Mente.
Para além da sua intensa actividade concertística, foi Professor de Piano durante uma década em algumas universidades portuguesas e orienta frequentemente Masterclasses, em Portugal e no estrangeiro.
Recebeu em 2014, da prestigiada marca de pianos Steinway & Sons, a distinção oficial de “Artista Steinway”.
Filipe Pinto-Ribeiro é o Director Artístico do Festival Internacional de Música Bragança ClassicFest.